[RP] Melancolia

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Mensagem por Morgan Kahnwald Qua Mar 09, 2022 8:07 pm

Melancolia
Esta RP é entre MORGAN KAHNWALD & JAKE MARTINEZ, se passa no inverno e é quando Jake vai visitá-la na clínica de reabilitação para viciados em drogas.

Morgan Kahnwald
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Mensagem por Morgan Kahnwald Qua Mar 09, 2022 8:29 pm

And I've smoked something that gonna knock me out
and feel dead inside

com  jake
localização  clínica de reabilitação

Era difícil passar meses em um lugar que odiava, embora Jake sempre a visitasse e as coisas parecessem estar indo bem, seu caso de vício era sério e principalmente por estar grávida, queriam ter certeza de que não iria usar nada enquanto carregasse aquela criança.

Era inverno e nevava, os flocos caíam lentamente pela janela do quarto em que ficava e ela desenhava coisas aleatórias na janela que havia embaçado por conta do frio lá fora. Dentro era quente, pelos aquecedores, então não sentia frio. Sua barriga já estava consideravelmente grande, sete meses de gravidez dentro daquele lugar horrível que odiava. Não podiam pagar por um melhor e havia sido demitida de seu estágio, então o único provedor era Jake. Pensava que devia ser difícil para ele ficar sozinho por tanto tempo, a saudade apertava quando lembrava de tudo o que viveram, contava as horas para vê-lo novamente.

Entretanto, haviam horários de visita e não era tratada bem, talvez por seu estilo e suas tatuagens, talvez por ser mulher, talvez por estar grávida... Não sabia ao certo, mas era tudo por baixo dos panos, faziam parecer um lugar bom e ela odiava isso. A comida era horrível, as acomodações eram horríveis, os funcionários eram horríveis, mas se Jake soubesse do quão ruim as coisas eram, provavelmente iria surtar e ela tinha medo de voltar para casa ainda grávida e ter uma recaída. Não podia fazer isto, não depois de ter as ultrassons de sua filha em mãos, não depois de senti-la mexer quando ouvia a voz de Jake ou dela mesma falando com ela, sua vida se resumia à sua filha agora, que queria chamar de Luna. Ainda pensava em nomes, às vezes ela e Jake conversavam sobre isto. Morgan parecia melhor, embora a abstinência fosse horrível, não pudesse usar maquiagem e seu cabelo estivesse crescendo, mostrando a cor natural que era um castanho bem claro, talvez por isto fosse tão pálida. Ela odiava a cor natural de seu cabelo, mas não podia pintar por conta da gravidez, também não podia cortar porque não a deixavam perto de objetos cortantes.

Então lá estava ela, observando pela janela os flocos que caíam, usando uma roupa branca qualquer, com o rosto limpo e o cabelo num degradê que odiava, uma barriga aparente, aguardando o horário de visitas.

Mas a porta de seu quarto abriu, pensou que fosse Jake, mas era apenas um funcionário trazendo sua refeição. Ela se levantou, com um pouco de dificuldade pela barriga, percebeu que ele era novo ali e não tinha uma cara muito boa, seu desdém era visível, ficou ainda pior quando ela suspirou irritada pela comida ser papa de aveia novamente, porque ele simplesmente jogou a comida no chão e começou a erguer a voz, a xingando de tudo o que era possível, falando até mesmo de sua filha, como se ela fosse um monstro que não amava ninguém, nem mesmo sua criança.

Ela não conseguiu reagir, mas já estava acostumada a ser tratada daquela forma, era normal ali. O homem pegou o prato do chão, agora quase vazio e simplesmente a puxou pelo braço, a forçando a pegar enquanto a humilhava. Estava acostumada, só não esperava que fosse tão intenso desta vez, principalmente levando em consideração sua visível gestação.




Morgan Kahnwald
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Mensagem por Jake Martinez Qua Mar 09, 2022 9:48 pm

Jake
Jake Martinez


Era realmente complicado e angustiante ter Morgan na clínica de reabilitação. Isso envolvia muitas questões e preocupações. Jake chorava sozinho durante as noites, com medo de perder sua namorada e a filha. Com medo dela fugir como sua mãe, medo dela nunca se recuperar. Sentia-se muito sozinho e preocupado na humilde residência deles. Ás vezes, dormia agarrado a alguma peça de roupa de Morgan.

Mesmo casado, não faltava a nenhuma visita e ficava triste quando precisava ir embora. Era terrível vê-la assim, sem as maquiagens dela e o estilo dela, parecia que Morgan perdia seu brilho natural de viver. Sabia como ela gostava dessas coisas, mas precisava se sacrificar para ficar boa e garantir a saúde da filha deles.

Entretanto os dias demoravam muito a passar. Ainda assim, o tempo mesmo devagar, passou, sete meses, sete longos e sofridos meses. Tinham que aguentar mais dois meses pelo menos. Infelizmente nem podia pagar um hospital caro para ela ter o bebê. Jake odiava quando o faziam se atrasar no trabalho, quando um cliente ficava um pouco mais tarde. Ia correndo para vê-la nos horários de visita. Dessa vez entretanto, um cliente estava tão devagar e demorando para ir embora, prendendo os garçons ali. Se fosse por Jake, já teria largado tudo, mas precisavam do emprego, era a vida da sua família que dependia disso. Assim que o cliente foi embora, de terno mesmo ainda, pegou logo o ônibus para ir vê-la. Suado, apertado no ônibus lotado, terno amassado.

...

Mãe Jake:

Enquanto isso, a pessoa que o deu a vida, tentava novamente a reabilitação. Havia fugido diversas vezes, não aguenta a abstinência. Só que por algum motivo havia voltado, mas já queria ir embora.

Conseguiu sair do quarto escondida, sua aparência era péssima, não era tão velha, mas as drogas acabaram com sua aparência, cabelo mal penteava, não se cuidava, mas seria bonita se tivesse cuidados básico com si mesma. Cabelos castanhos e olhos castanhos. Andava devagar pelo corredor quando ouviu um do funcionários gritando com uma das internas.

A mulher pensou em aproveitar a oportunidade para continuar sua fuga, entretanto quando lançou um olhar para dentro do quarto enquanto passava viu se tratar e uma garota jovem e grávida. Isso doeu seu coração, doeu a forma como o homem a maltratava. Dessa vez ficou tão aflita pela garota e conseguiu não concluir sua fuga, em vez disso intrometeu-se na cena chamando o funcionário:

— Senhor! Está acontecendo uma confusão enorme na ala 7! Dois internos estão brigando e quase se matando. Ninguém consegue segurar eles, tive que vir! Rápido! Precisava ajudar eles!

O funcionário não gostou, mas era comum acontecer essas coisas por lá. Ainda mais com internos homens que eram muitos mais fortes. Deixou então Morgan, mas claro que voltaria para perturbá-la de novo.

Quando ele se foi, a mulher entrou para verificar se Morgan estava bem:

—Como você está? Ele a machucou?

Olhou para o pulso dela que o viu segurar com força. O olhar da mulher foi para a barriga dela de grávida, sentia tanto pela garota. Isso era uma situação realmente muito triste. Ficou emotiva e acabou perguntando a Morgan:

—Eles não podem te tratar assim... Tem que ter um jeito de denunciar...

O semblante da mulher era de alguém que já estava destruída por dentro, como se lhe escapasse a alma e só sobrasse olhos fundos.

—Qual é o nome do bebê? Você é uma garota tão bonita, espero que consiga sair dessa vida.... Eu tenho um filhinho... Mas ele já um rapazinho agora...

Seu olhar ficou distância e triste, mas ajudou Morgan a se sentar e pegou o mingau do chão.

(C) Ross
Jake Martinez
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Mensagem por Morgan Kahnwald Qua Mar 09, 2022 11:14 pm

And I've smoked something that gonna knock me out
and feel dead inside

com  jake
localização  clínica de reabilitação

O pulso de Morgan estava doendo, mas ela apenas engoliu em seco quando o mingau caiu em sua roupa e o homem continuava a xingando, como se quisesse a forçar a comer e quisesse se livrar logo daquele "fardo", mas logo uma mulher apareceu, bem mais velha e com uma aparência bem deteriorada, imaginava que por baixo daquela viciada existia uma bela mulher, o  que era triste, era uma situação triste, no final. Ela pareceu entender o que acontecia e logo se prontificou a encontrar uma desculpa esfarrapada, tirando a atenção do funcionário de Morgan.

— Não precisa se preocupar, é usual, acontece sempre.

Deu de ombros, como se aquilo não fosse um grande desvio de conduta daquele funcionário. Iria agradecer por ela ajudar a sentar-se, mas logo a mulher disse que tinha um filho, o que despertou a curiosidade da garota.

— Estamos... Bom, eu estou pensando em Luna. Não sei se ele quer esse nome, não temos certeza ainda. É difícil, sabe... Só podemos nos ver em horário de visita, então não dá pra planejar muito bem as coisas, acho que só quando ela nascer.

Não aguentou a curiosidade que queimava em seu peito.

— Eu tenho certeza que ele deve sentir sua falta... Qual o nome dele?





Morgan Kahnwald
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Mensagem por Jake Martinez Qui Mar 10, 2022 5:01 pm

Jake
Jake Martinez


Mãe do Jake

Mãe Jake:

A mulher ficou ainda mais tocada quando a ouviu dizer que esse tratamento era usual. Sentia muito pela garota passar por isso. Tão jovem e ainda grávida.

— Deve ter um jeito... - Disse angustiada.

Sentou ao lado da garota e sorriu quando ela disse que pensavam em dar o nome de Luna. Ficou surpresa também por ela mencionar um parceiro, geralmente mulheres assim eram abandonadas mesmo grávidas. Esperava ao menos que o rapaz a tratasse bem.

— Luna é um nome bonito - Elogiou — Esse rapaz é bom para você?

Entretanto as próximas palavras de Morgan mexeram com ela, não sabia se o filho ainda sentia sua falta, talvez ele felizmente havia desistido. Era o melhor que podia acontecer na visão dela. Não via jeito para si mesma.

— Talvez ele sinta... - Respondeu com um olhar triste - Mas seria melhor que não sentisse... Faz tempo que não o vejo, mas é culpa minha. Eu fugi algumas vezes e não disse para onde fui...

Doía nunca mais ter visto seu filho. Entretanto achava que era o melhor, nunca foi boa mãe. Ele já precisou viver por conta própria desde cedo e ela não tinha mais jeito.

—Não sei mais nada sobre ele, nem se ele está bem... Ele fez algo horrível por minha causa... Eu fujo de tudo, foram muitos erros... Eu não fiz nada por ele... As drogas sempre venceram... Ia fugir agora...

Para ela não pensar, voltava para as drogas. Não queria enfrentar tudo que passou e nem pensar no que acontecia com o filho. Tinha errado muito, as drogas eram mais fortes que ela, sentia-se culpada pelo que o filho passou,  quando apanhava do pai e não fazia nada para ajudá-lo, só se drogava, pois sentia-se pior que um lixo e o vicio era mais forte que qualquer coisa. Sabia que sua vida era um desastre. Enxugou uma lágrima que escorreu dos seus olhos. Não sabia porque voltou a clínica, era tarde mais.

— É tarde demais para mim... Mas não para você... O nome dele é Jake.

Seus olhos sem vida até brilharam um pouco ao fazer o nome do filho. Mesmo com a mente afetada pelas drogas, não esquecia do dia que o viu pela primeira vez.  Olhou com ternura para a barriga de Morgan.

Entretanto a paz delas não duraria muito, aquele funcionário voltou, dessa vez furioso por ser enganado.

— Vadias! Tentaram me enganar! Não sairão ilesas!

Puxou a mulher pelo braço com força e violência:

— Isso aqui não é um puteiro para ficarem de conversa!  A puta velha vai ficar trancada dessa vez!  

Entretanto alguém acabou de chegar e pegar a cena.

(...)

Jake costumava chegar mais cedo, mas dessa vez tudo deu errado, até o ônibus enguiçou. Por isso quando chegou na clínica entrou sem passar pela recepção que sempre avisava primeiro o quarto que a visita chegou. Não queria demorar preenchendo aquela lista de visitante, a fila estava razoável. Aproveitou a distração dos recepcionistas e seguiu direto para o quarto de Morgan. Desabotoou a gravata com calor por ter vindo na pressa e agitado.

Quando chegou no corredor, seu coração doeu e ardeu de raiva ou ouvir a fala de um funcionário. Pior é que o som vinha do quarto de sua namorada.  Já chegou furioso e xingando:

— Que porra é essa?! Puta é seu cu arrombado! Não vai trancar ninguém!

Entretanto assim que se posicionou na porta viu que não era só Morgan que estava ali, mas outra mulher, ficou pálido quando a reconheceu. Era mesmo sua mãe ali?! Estava tão atônito que as palavras sumiram de sua boca. Nem sabia mais se a mãe era viva, mas vendo a agora pensava se não era coisa da sua cabeça. Não sentia raiva dela, só tristeza por ter a perdido para as drogas. Não entendi como a mãe apareceu ali do lado de Morgan! As duas mulheres importantes da sua vida reunidas em um quarto, ou melhor, as três mulheres da sua vida em uma clínica de reabilitação. A vida era bem louca. Claro que a terceira ainda estava na barriga.

O funcionário no entanto, levou um susto e soltou a mulher.

A mulher também ficou paralisada ao ver quem estava ali, era como ver uma alucinação. Era real? Ou era coisa da sua cabeça? O que ele fazia ali? Conseguiu encontrá-la?

(C) Ross
Jake Martinez
Jake MartinezCivilian

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